sexta-feira, 7 de outubro de 2022

#MestresdoHorror - 3 Boris Karloff


Ao interpretar, em 1931, a lendária criatura de Frankenstein, Boris Karloff consagrou-se como um imortal mito do cinema de horror. Esse ícone do horror marcou seu nome na história por suas marcantes interpretações nas décadas de 1920, 30 e 40.
Apesar de um pouco menos de um terço de seus 156 filmes (entre mudos e sonoros) serem de horror, Boris Karloff é considerado um personagem eterno do gênero.
Nasceu em 23 de novembro de 1887, no subúrbio londrino de Camberwell. Vindo de uma família de classe média, seu nome de batismo foi William Henry Pratt. Sua família era composta ainda por mais sete irmãos, uma irmã e seus pais morreram ainda na sua infância.
Em maio de 1909 ele foi para o Canadá tentar a carreira de ator. Nessa época criou seu nome artístico e tão conhecido pelo público. Segundo ele, o nome Karloff veio dos ancestrais russos pelo lado de sua mãe e Boris foi escolhido ao acaso.


Trabalhou em teatro e rádio até que finalmente em 1919 fez seu primeiro filme, então com 32 anos de idade, "His Majesty, the American" (United Artists), um filme mudo dirigido por Joseph Henabery, onde Karloff aparece apenas como um figurante em uma história de aventura.
A partir daí ele apareceu em outros 48 filmes mudos e 15 sonoros, até consagrar-se em 1931 atuando como o monstro do cientista louco Frankenstein, uma criatura formada a partir de restos de cadáveres humanos, no clássico dirigido por James Whale, "Frankenstein". Esse filme, que inicialmente seria dirigido por Robert Florey e estrelado por Bela Lugosi (que acabava de atuar em "Drácula"), foi mudado na última hora e chamaram Karloff para o papel do monstro e Florey e Lugosi acabaram fazendo "The Murders in the Rue Morgue", baseado em Edgar Allan Poe.

Contando com a ajuda importante do maquiador da Universal, Jack Pierce, a criatura de Frankenstein
tornou-se assustadora e fascinou o público. O filme foi um grande sucesso de bilheteria e arrecadou cerca de 12 milhões de dólares, superando em muito a modesta produção de 250 mil dólares.
Nos anos seguintes Karloff foi muito requisitado, principalmente pela Universal, e estrelou diversos outros clássicos como "The Old Dark House" (1932), onde interpretou um mordomo mudo e assassino de um casarão gótico, "A Múmia" (1933), personificando uma múmia egípcia
de 3700 anos que revive na Inglaterra, e no mesmo ano atuou em "The Ghoul", primeiro trabalho com produção inglesa, interpretando um professor que morre e retorna à vida como um zumbi. Foi só em 1935 que Karloff voltou ao papel do monstro em "A Noiva de Frankenstein", outro sucesso superando até o original de 1931, fechando a trilogia em 1939 com "O Filho de Frankenstein", e nunca mais atuando como a famosa criatura que o imortalizou.


Já bastante idoso, o estado de saúde de Karloff declina fortemente, com graves problemas respiratórios que o levaram à morte em 2 de fevereiro de 1969, na Inglaterra, aos 81 anos de idade. Mesmo após a sua morte, vários filmes foram lançados em 1970-71 e que ele havia rodado em 1967-68. "A Maldição do Artar Escarlate" (The Crimson Cult, 1970) com Christopher Lee e história baseada em H. P. Lovecraft, e "Cauldron of Blood" (1971) foram filmados com Karloff preso a uma cadeira de rodas, devido ao precário estado de saúde.

E em 1971 foram lançados quatro filmes com produção mexicana, onde Karloff filmou sua participação nos Estados Unidos com as cenas sendo montadas posteriormente no México. Dessa série de filmes, que tornaram-se grande raridade e cultuados, destaca-se "Serenata Macabra" (House of Evil) onde interpretou um velho milionário que convoca seus parentes para a divulgação de seu testamento. O último trabalho da carreira de Karloff foi na série de TV "The Name of the Game" com o episódio "The White Birch" em 29 de novembro de 1968.

No total foram 156 filmes de vários gêneros ao longo de 50 anos de carreira, além de aproximadamente 90 aparições em 75 programas de televisão diferentes, entre shows e séries. Toda essa vasta filmografia e suas interpretações marcantes que fizeram a história do cinema fantástico ao longo desse século, manterão sempre viva sua imagem de eterno imortal do horror.

FILMOGRAFIA - Terror

Frankenstein (Frankenstein, 1931)
The Old Dark House (1932)
A Múmia (The Mummy, 1932)
The Ghoul (1933)
O Gato Preto (The Black Cat , 1934)
A Noiva de Frankenstein (The Bride of Frankenstein, 1935)
The Black Room (1935)
The Raven, 1935)
O Raio Invisível (The Invisible Ray, 1936)
The Walking Dead (1936)
The Man Who Lived Again (1936)
O Filho de Frankenstein Son of Frankenstein, 1939)
The Man They Could Not Hang (1939)
Before I Hang (1940)
The Man With Nine Lives (1940)
The Devil Commands (1940)
The Boogie Man Will Get You (1942)
House of Frankenstein (1944)
O Túmulo Vazio (The Bodysnatcher, 1945)
Isle of the Dead (1945)
Bedlam (1946)
Monster of the Island (1953)
O Castelo de Frankenstein (Frankenstein 1970, 1958)
O Corvo (The Raven, 1963)
Sombras do Terror (The Terror, 1963)
Farsa Trágica (The Comedy of Terrors, 1963)
Black Sabbath (1964)
Morte Para Um Monstro (Die, Monster, Die!, 1965)
Na Mira da Morte (Targets, 1968)
A Maldição do Altar Escarlate (The Crimson Cult, 1970)
The Snake People (1971)
Invasão Sinistra (The Incredible Invasion, 1971)
A Câmara do Terror (The Fear Chamber, 1971)
Serenata Macabra (House of Evil, 1971)


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